Culto todos os domingos às 19h:30
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Lidando com nossos sentimentos de inadequação

Muitas pessoas com quem converso me dizem que se pudessem mudariam algo sobre elas mesmas! Alguns gostariam de serem mais altos, outros mais baixos, ainda outros mais magros. Alguns outros gostariam de serem mais fortes e atléticos, quem sabe mais inteligentes, ou mesmo mais disciplinados. Eu mesmo sempre quis ser mais inteligente. Mas Deus tinha outros planos. Eu nunca fui o primeiro da turma. Sempre tive que me esforçar muito para aprender algo novo, principalmente na área de exatas.

Há certas coisas na vida que podemos mudar e outras coisas que não podemos. Existem certos tipos de personalidade, certos biótipos e certos talentos, habilidades e aptidões naturais. Podemos maximizar nosso potencial, mas não podemos criar realidades que não estão disponíveis ou mudar quem somos fundamentalmente.

Muitos estão conscientes de seus pontos fortes e fracos e se sentem confortáveis sendo eles mesmos. Isso nem sempre é fácil, encontrar um equilíbrio, porque em nossa cultura geralmente é promovida uma falsa ideia de que aceitar a nós mesmos, inclui ceder à nossa natureza pecaminosa ou mesmo criar desculpas para nossas escolhas doentias ou pecaminosas.

Tornar-se confiante de que você é uma criação única de Deus irá ancorar sua vida como poucas outras coisas na vida. Isso fará com que você não tente  mudar quem você é essencialmente, mas também não te liberará para viver como quiser; pelo contrário, libertará você para descobrir Deus e tudo o que Ele pretende para você.

As pessoas que se aceitam geralmente têm uma autoconsciência saudável. Essas pessoas entenderam o que Paulo queria dizer em Romanos quando escreveu:
“Pois pela graça que me foi dada digo a todos vocês: ninguém tenha de si mesmo um conceito mais elevado do que deve ter; mas, pelo contrário, tenha um conceito equilibrado, de acordo com a medida da fé que Deus lhe concedeu”.  Romanos 12:3
Também entenderam o que ele queria dizer em 2 Coríntios:
“Não temos a pretensão de nos igualar ou de nos comparar com alguns que se recomendam a si mesmos. Quando eles se medem e se comparam consigo mesmos, agem sem entendimento”. 2 Coríntios 10:12
E eles vieram a entender o que o salmista queria dizer quando louvava a Deus:
“Eu te louvo porque me fizeste de modo especial e admirável. Tuas obras são maravilhosas! Disso tenho plena certeza”. Salmos 139:14

Esses textos das Escrituras nos ajudam a descobrir uma autoconsciência saudável, onde não pensamos muito ou pouco de nós mesmos. Pensar muito sobre nós mesmos infla nosso ego. Pensar muito abaixo do que realmente somos nos deprecia. Ter um conceito mais elevado de si mesmo nos faz pensar que nunca cometemos erros, que nada é culpa nossa e que não precisamos de Deus. Mas ter um conceito muito abaixo de nós mesmos nos faz pensar que tudo é culpa nossa, que somos um fracasso, que não podemos ser amados e que estamos além do perdão de Deus.

As pessoas que se aceitaram geralmente não gastam uma quantidade excessiva de tempo e energia tentando ser outra pessoa ou em encontrar sua autoestima em agradar outros. Pelo contrário, estão confortáveis em sua própria pele, autoconscientes o suficiente para ver suas falhas e dispostos a melhorarem sem o desejo de se tornarem alguém que não são. Então são liberadas para se tornarem a melhor versão da pessoa que Deus as criou para serem.

Pr. Cleber Batista

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