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Como saber a vontade de Deus para minha Vida?

Nesses quase dez anos de ministério pastoral, muitos já me questionaram sobre como poderiam saber a vontade de Deus para as suas vidas. Os que me fazem essa pergunta acreditam sinceramente que se soubessem a vontade específica de Deus, tudo estaria bem, pois assim, certamente viveriam de acordo com a sua vontade. Mas por não saberem, acabam vivendo uma vida de incertezas, e provavelmente acabam desagradando a Deus. Muitos lidam com essa questão: “Estou fazendo a coisa certa?” “Estou me casando com a pessoa certa?” “Estou tomando a decisão certa em relação a meu emprego?” Normalmente o que escuto é que diante de uma escolha dessas fica difícil saber o que Deus realmente quer que façam.
Na verdade, Deus está disposto em revelar sua vontade para nós. A questão é: Como Deus está comunicando sua vontade a nós? E qual é nossa responsabilidade quando a conhecemos? Especificamente, existem duas verdades fundamentais sobre a vontade de Deus que muitas vezes são descartadas; ou pelo menos, mal entendidas.

1. A vontade de Deus para a sua vida é predominantemente moral.

Queremos que Deus nos diga o que fazer em inúmeras situações da vida. Mas nós imaginamos que Deus nos dará comandos diretos, mais ou menos como acontece quando utilizamos aplicativos como Google Maps. Quando colocamos no Google Maps um endereço, ele nos indica o caminho exato a se fazer, nos diz em qual rua devemos entrar, se a rua que devemos entrar está a nossa direita ou nossa esquerda, também nos diz a distancia que estamos do ponto de chegada. A verdade é que gostaríamos que Deus agisse assim conosco, mas ao invés disso, Deus tende nos dar uma bússola moral. Muitas decisões com as quais lutamos já estão claramente especificadas na bussola moral que Deus nos deu, em sua Palavra. E, na verdade, existem outras decisões que são livres dessa dinâmica moral.

Por exemplo, um jovem cristão que está ansioso por um relacionamento amoroso, fica se perguntando: “Será que devo entrar neste relacionamento?” “Será que essa é a pessoa certa para mim?”.

Considerando a bússola moral que Deus nos deu, na verdade a primeira preocupação de um jovem cristão quanto a esse assunto deveria ser: “Será que sou a pessoa certa para alguém?” Será que estou preparado emocional e espiritualmente para um relacionamento amoroso?”.

O cristão somente deve se envolver amorosamente com alguém quando estiver preparado emocional e espiritualmente para isso, visando o casamento a médio prazo. Isso certamente evitará muitos problemas. Portanto, considerando essas realidades ainda há outra questão fundamental que o jovem cristão deveria considerar: A pessoa com quem eu estou me envolvendo amorosamente é realmente uma pessoa cristã? Compartilhamos da mesma fé? Não somente isso. Essa pessoa é madura na fé? Por que este é um princípio claro das Escrituras.

A mulher está ligada a seu marido enquanto ele viver. Mas, se o seu marido morrer, ela estará livre para se casar com quem quiser, contanto que ele pertença ao Senhor. 1 Coríntios 7:39

O apóstolo Paulo trata sobre muitos assuntos neste capítulo da 1º Carta aos Coríntios. Paulo responde muitas dúvidas dos cristãos da Igreja de Corinto.  O apóstolo trata sobre o divórcio, por exemplo.  Também dá orientação aos solteiros e as viúvas. No verso que lemos, o apóstolo estabelece um princípio claro para às mulheres que ficaram viúvas, mas que gostariam de se casar novamente. As viúvas poderiam se casar novamente, e note o que diz o texto “COM QUEM QUISER”. Elas poderiam escolher seu novo marido, essa responsabilidade não é tirada delas, porém HÁ UM LIMITE, não deveriam se casar com pessoas que não professassem a mesma fé, pessoas que não estivessem em Cristo. Certamente esse princípio é valido não somente para as viúvas que gostariam de se casar novamente, mas para todos os cristãos. Esse era um princípio claro no judaísmo, estabelecido em todo o Antigo Testamento, agora o apóstolo está lidando com cristãos que vieram do paganismo, e o princípio continuava o mesmo. Relacionamento visando casamento deve ser com pessoas que compartilham a mesma fé.

Diante de uma clara diretiva da Palavra de Deus como você reage?

A verdade é que nós temos dificuldade com a vontade moral de Deus revelada. 

A maioria das pessoas estão simplesmente orando e pedindo a direção de Deus para suas vidas, fazem isso até que tenham uma sensação pessoal de paz para que assim possam seguir em frente com a sua escolha. Mas se você desobedece a vontade moral de Deus claramente especificada, então sua sensação de paz é enganosa. Somos chamados a obedecer aquilo que está claramente estabelecido nas Escrituras.

2. Há grande liberdade dentro da vontade de Deus.

Se você permanecer dentro da vontade moral de Deus, há uma grande liberdade para fazer escolhas. Considere Adão e Eva antes da queda – eles estavam livres para comer o que quisessem; eles simplesmente não podiam comer de uma árvore em particular. Enquanto eles não comessem daquela árvore, eles estavam firmemente dentro da vontade de Deus.

Voltando ao exemplo do casamento: “Devo me casar com alguém que não seja cristão?” Se você é um seguidor de Cristo, a resposta é “não” como já vimos, por causa das claras evidencias revelada nas Escrituras.  Mas se ele é um seguidor de Cristo, então você tem liberdade para buscar esse relacionamento porque está dentro da vontade moral de Deus. (Temos muito mais a dizer sobre isto, mas não caberá aqui). Você também tem liberdade para considerar muitas outras questões, como a personalidade, o passado da pessoa, projeto de vida, atração física e muito mais.

Nas Escrituras não encontramos apoio à ideia de que você só precisa esperar até que Deus una você de maneira mágica a alguém. Em vez disso, há o conselho moral fundacional de se casar com uma pessoa da mesma fé, cristão sincero e verdadeiro. Dentro dessa vontade moral, poderá haver muitas opções, e essa escolha cabe a você.

Claro, orar e pedir para que Deus prepare alguém para você é uma coisa boa e sábia a se fazer. Mas Deus não ira tirar de você o peso da escolha, somos seres morais, precisamos fazer escolhas e sermos responsáveis por elas.

Então, isso significa que Deus nunca revela a você um aspecto mais específico de sua vontade?  A resposta é Não. Deus pode sim nos guiar de forma específica em muitas situações. Mas o meu ponto é que tais diretivas de Deus específicas são raras, são exceções e não a regra geral. A regra é seguir a vontade moral de Deus que já nos foi dada, e assim exercemos a nossa responsabilidade e liberdade dentro dessa vontade moral.

Pr. Cleber Batista

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